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OS DESAFIOS ENFRENTADOS POR PROFESSORES EM TRABALHAR COM AMBIENTES VIRTUAIS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

 

FONTE: http://editorageracaodigital.com.br/ blog/2019/10/31/as-tecnologias-digitais-e-a-computacao/

 

Como principais instigações à profissionalização do professor destacam-se a qualificação pedagógica e a sua conexão com metodologias de ensino inovadoras e em crescente ascensão. A tecnologia como ferramenta educacional já é uma realidade no contexto educacional e deve ser investigada. Além de, salientar a questão de como essas novas tecnologias podem ser utilizadas de forma eficiente e proveitosa. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) criam possibilidades comunicativas e informativas que podem aprimorar, apoiar, ampliar e colaborar nas práticas educativas.

Os professores devem ter em mente que técnicas convencionais de ensino não devem ser eliminadas, mas incorporadas com a TIC. Elas devem ser inseridas ao processo educacional já existente. Segundo Tedesco (2004), as características especificas de cada meio utilizado no processo de ensino e aprendizagem devem ser escolhidas em correspondência com o propósito educacional de cada disciplina e conteúdo a ser desenvolvido no âmbito da sala de aula. Desta forma, pode-se identificar a tecnologia mais adequada para trabalhar um conteúdo no processo de ensino e aprendizagem.

O objetivo da presente discussão, está voltado a análise dos desafios dos professores ao utilizar os ambientes virtuais de aprendizagem nas escolas públicas em relação à formação continuada em tempos de pandemia, aos desafios enfrentados em trabalhar com ambientes virtuais de ensino e aprendizagem e às perspectivas para o ensino pós-pandemia da Covid-19.

Como metodologia, utilizam-se de procedimentos metodológicos da pesquisa documental, bibliográfica e empírica. Sendo que a pesquisa documental e a investigação bibliográfica possibilitaram contextualizar a formação continuada de professores em tempos de Covid-19. A pesquisa empírica possibilita identificar os desafios enfrentados pelos professores ao utilizarem as metodologias ativas e tecnológicas em tempos de isolamento social pandêmico.

Analisando a inserção inicial das tecnologias de informação e comunicação na educação, podemos considerar que tiveram como objetivo principal informatizar as atividades administrativas, com a intenção de agilizar o controle e a gestão técnica. Posteriormente, nas escolas as TIC começaram a ser inseridas no ensino e na aprendizagem como atividades extras, sem uma real associação às atividades de sala de aula. Com certa frequência, como aulas na sala da TV escola, como aula de informática, músicas ou, numa perspectiva mais inovadora, como projetos extraclasse desenvolvidos com a orientação de professores de sala de aula e apoiados por professores encarregados da coordenação e facilitação deles.

Uma vez que a TIC está adentrando de forma mais sistemática no sistema escolar, é necessário e urgente um aprofundamento a respeito das especificidades dessas novas tecnologias. Este artigo busca contribuir para o debate sobre o tema, a partir de uma análise dos recursos disponíveis, equipamentos e serviços tecnológicos, com a intenção de uma prática pedagógica com maior avanço no uso dessas ferramentas e sua contribuição para metodologia diária do professor em uma escola.... 

As escolas, atualmente, são resultadas dos processos da Era Industrial, e estão em constante mudança, devido aos impactos do avanço das Tecnologias de Informação e de Comunicação. Essa realidade é caracterizada pela necessidade de uma formação dinâmica, respeitando conhecimentos prévios (SERAFIM, SOUSA, 2011). Considerando isso, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica lançadas em 2010, já traziam em seu texto, como recurso pedagógico, o uso das TIC’s no currículo escolar.

A previsão do uso dessas tecnologias como ferramentas na educação alterou o sistema que já era sedimentada em uma educação de valores em que os professores iam para as salas de aula e ministravam suas aulas, muitas vezes, maçantes e cansativas, uma vez que se limitavam à exposição oral ou ao uso do livro didático, o que causava o desinteresse por parte dos educandos. Segundo Silva e Correa, a situação atual é bem diferente: “Agora, espaços deveriam ser abertos para uma concepção de currículo numa perspectiva digital, ressignificada nas práticas pedagógicas dos educadores em sala de aula” (SILVA, CORREA, 2014, p.30).

Assim, em busca do atendimento às novas demandas da sociedade, as instituições de ensino devem se adaptar ao uso de novos recursos de ensino, entre eles destacam-se as Tecnologias da Informação e da Comunicação, que podem ser sistematizadas para aplicação em práticas pedagógicas (SERAFIM e SOUSA, 2011). Os recursos impactam de maneira decisiva no processo de ensino- aprendizagem, facilitando a compreensão dos elementos para a construção do conhecimento, pois variam conforme o conteúdo a ser ensinado, os objetivos desejados e o tipo de aprendizagem a ser desenvolvida.

Importante notar que o uso das TIC’s depende de como os professores se portam diante delas. Muitas vezes, eles não têm o conhecimento necessário para desenvolver atividades com essas ferramentas. No entanto, ainda existem desafios a serem vencidos, tais como: a falta de capacitação de professores; a falta de planejamento da gestão; a ausência de ações gestoras que objetivam incentivar o uso efetivo das TIC’s; a inexistência de um Projeto Político-Pedagógico (PPP) que traga em seu texto, de maneira inequívoca, a recomendação do uso das tecnologias. Podemos citar também, como desafio, o bloqueio proveniente da crença de que o método tradicional é mais eficiente. Para Silva e Corrêa (2014, p.32), o educador precisa se abrir a esse formato novo que se apresenta e que muitas vezes bate à sua porta.

Assim, compreendemos que além dos desafios advindos das crenças dos professores, outro fato a ser analisado é que, apesar do uso das tecnologias para a educação crescer no Brasil, existe uma grande discrepância entre a quantidade e a qualidade desse crescimento entre as escolas públicas e as escolas privadas. Portanto, sobre os desafios enfrentados por professores da Educação Básica em trabalhar com ambientes virtuais de ensino e aprendizagem, conclui-se que após a análise realizada das pesquisas e leituras, possibilitou concluir que, para o sucesso do ensino pós-pandemia, é fundamental que os professores, adquiram novos saberes para o desenvolvimento profissional, por meio da formação continuada, a fim de potencializar as ações em ambientes virtuais de ensino e aprendizagem.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SERAFIM, M.L.; SOUSA, R. P. de. Multimídia na educação: o vídeo digital integrado ao contexto escolar. In: SOUSA, R.P.; MIOTA, F.M.C.S.C.; CARVALHO, A.B.G. (Orgs.). Tecnologias digitais na educação [online]. Campina Grande: EDUEPB, 2011. p.19-50.

SILVA, R. F. da; CORREA, E. S. Novas tecnologias e educação: a evolução do processo de ensino e aprendizagem na Sociedade Contemporânea. Educação &Linguagem. São Bernardo do Campo, v.1, n.1, p.23-35, jun. 2014.

TEDESCO, J. C. Educação e novas tecnologias: esperança ou incerteza? São Paulo: Cortez, 2004. p. 9-13.

 

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